sexta-feira, 15 de junho de 2007

QUEERS REACIONARIOS

http://www.orkut.com/CommTopics.aspx?cmm=149720&q=assimilacao

fui a comunidade queercore inicialmente com a esperança de encontrar entusiastas com a destruição do capital e formas opressivas estatais de controle de nossas sexualidades, infelizmente não foi o que eu encontrei. Não só apagaram minha convocatoria para o ato na parada gay como até a discussão inicial sobre a necessidade de questionar a direção do movimento pelos direitos iguais e suas táticas, aniquilindo qualquer voz de dissindência.

feminista sheila jeffreys é critica da politicagem queer por considerar uma forma de impor a agenda do homem gay(com a mutilacao, pornografia e consumo) em cima de outros grupos atribuindo a isso a quase extinção do ativismo lesbico feminista já que o rapazes nunca foram simpaticos com suas demandas.

eu enxergo como uma forma de emulação do imaginario esquerdista punk-hetero e nao foram poucas vezes em que me deparei com mensagens de queers se referindo à desilusão de serem representados midiaticamente por gays efeminados e seus maneirismos, revelando uma homofobia perturbadora. na real, o que acontece é que lhes sao pedidos uma forma peculiar de renuncia para adentrar o universo hardcore. Da mesma forma em que os assimilacionistas renunciam a promiscuidade de seus iguais para a entrada na comunidade moral, é esperado dos queers ansiosos um processo semelhante... só que focado nos signos da feminilidade. E isso ao meu ver, é o lado mais cruel da assimilaçao. É sempre às custas de alguém.

Hoje aprendi a valorizar as expressoes da homossexualidade em todas as suas formas, e se bobear ate mais no viadinho passivo cabeça-de-vento do que o vegan apologista, por considerar mais desafiante ao status quo falocrático.

O que realmente não precisamos é um tipo de omissão idealizada, onde a pratica homossexual nunca é positivamente assertada fora dos modelos previamente acertados com companheiros ht do róque. Onde é cobrada a visibilidade atraves de beijaços apenas em centros de consumo enquanto nos assassinatos nas praças centrais a culpa seja relocada nas vítimas por não se comportarem 'adequadamente', e por isso me refiro de forma máscula. Precisamos de um movimento consciente e questionador de todas as suas práticas normativas e não a busca de subterfugios nas politicas de faça-voce-mesm+ nos porões onde experimentam a real 'inclusão' com seus semelhantes heteros da classe media igualmente entediados.