segunda-feira, 7 de maio de 2007



Uma nota sobre o espaço


O espaço que demandamos é apenas o espaço que estamos condicionados a esperar como homens em uma sociedade patriarcal, espaço que foi apenas parcialmente suspendido porque chupamos rola. Mulheres ainda não conseguiram acesso a este espaço, seja literal em termos de território público, ou metaforicamente em termos de mídia da expressão cultural, sexual e política. Resumo, pornografia gay lucra de e aspira para a presença institucionalizada do poder pratriarcal construído na ausência/silêncio das mulheres, e isto assim é cúmplice na opressão das mulheres. Isto é verdade e dói. Mas não é tudo da verdade. Primeiramente nossos pedidos por espaço, privado, gueto e público, não foram alcançados senão de modo incompleto e provisório, sempre sujeito à invasão e revocação. Espaços guetificados, como as mulheres sempre sentiram em suas cozinhas e porões e escritórios de igrejas, não são substitutos para espaço político autonomo. Nossa pornografia, de fato, reflete o reconhecimento desta insuficiência.





Explorar prostituição militarizada é importante primeiro porque as vidas de tantas mulheres em tantos países foram diretamente e indiretamente afetadas por esta instituição. Segundo, o assunto deveria atrair nossa atenção porque muitos homens tiveram suas expectativas, e fantasias, sobre mulheres formadas pela sua própria participação na prostituição militarizada. Terceiro, as tentativas de fazedores de política militar em construir o tipo (ou um particular grupo de tipos) de masculinidade que melhor caibam em sua missão militar são expostas ao tomar seriamente suas políticas de prostituição militar. Quarto, nós precisamos pensar cuidadosamente sobre prostituição militarizada porque cálculos sobre isso moldaram políticas externas e alianças internacionais. Quinto, entendendo qualquer politica militar sobre prostituição irá dar luz no pensamento que esconde por trás de suas politicas no estupro, recrutamento, assédio sexual, moral, homossexualidade, pornografia, e casamento. Finalmente, devotando energia analitica para as políticas da prostituiçao militar pode nos ajudar explicar porque políticas de prostituição de militares estrangeiros podem geralmente capturar a atenção de homens locais nacionalistas enquanto estes mesmos líderes de protesto não apenas continuam a ignorar a prostituição de políticas dos militares de seu próprio país mas também teimosamente resistindo o esforço feminista local em fazer sexualidade um tópico explícito no mais amplo movimento nacionalista.

cynthia enloe, manouvers



http://www.fpif.org/briefs/vol5/v5n36masculinity_body.html

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